quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Cursos de Férias em Janeiro

Agenda de Eventos - Atividades e Cursos


DATAS
HORARIO
EVENTO 1. SEMESTRE DE 2013
FACILITADOR
CONTATO
12/01
Integral
CBT-AS-CLAN
26/01
Integral
Evento Interno
CLAN Dragones
23/02
Integral
CLAN Dragones
Março
2 horas
Festival do Plantio de Árvores 2. Etapa
Árvore Sagrada
Abril
Integral
Multirão da Casa Sede
CBT-AS-CLAN
Maio
Integral
Festival de Culto aos Ancestrais
CLAN Dragones
*Agenda sujeita a alteração

Sejam bem vindos aos nossos projetos!



domingo, 23 de dezembro de 2012

O Plantio Sagrado dos Bruxos - Árvores da Floresta

Evento Ativista - Plantio na Árvore Sagrada & Conselho de Bruxaria Tradicional

Evento realizado por membros da CLÁN Dragones e Ativistas Amigos, que se propuseram a plantar árvores para um mundo melhor, conheça nossa casa e adentre o Paganismo Tradicionalista.



sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL NO BRASIL


CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL NO BRASIL tem seu espaço próprio em Juquitiba/ SP, um local onde haverão estudos e práticas mágicas, com o plantio de ervas medicinais e festividades em honra aos deuses. O Conselho é um agregado que objetiva a fraternidade entre grupos que buscam interação, cooperação e conservação das crenças anteriores ao cristianismo na Europa. Suas bases são o paganismo, o politeísmo, a ancestralidade, a conservação e resgate de tradições européias.

O Grupo possui hoje 410 membros que recebem informativos e convites para Eventos. Por também respeito não apenas as crenças da floresta, mas a todo o agregado de preservação e ecológico apoia a Instituição Árvore Sagrada, desenvolvedora de projetos Eco-Ambientais.

Quer participar de nossos informativos? Clique Aqui

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

domingo, 16 de dezembro de 2012

Vídeo - Estudos Históricos e Antropológicos sobre Bruxaria

Assistam a palestra de Ricardo DRaco fundador e conselheiro ativo do CBT (Conselho de Bruxaria Tradicional no Brasil). Uma palestra descontraída e de muito sucesso que deixou os participantes esclarecidos sobre as questões polêmicas que cercam a Bruxaria de base Pagã Tradicionalista.







Venha e participe! Em breve novos eventos reais e dedicados a peregrinos sinceros nesse caminho mágico e ancestral! Mais informações da CLÁN Dragones acesse o link e venha estudar e ritualizar conosco!
http://clan-dos-dragones.blogspot.com.br/2012/06/grupo-de-estudos-da-clan-dragones.html





quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Museu da Imigração


Museu da Imigração

Museu da Imigração de São Paulo disponibiliza um dos mais ricos acervos históricos online do país, com milhares de imagens e documentos disponíveis para consulta e download

O Museu da Imigração do Estado de São Paulo reformulou recentemente o seu site para melhor atender os seus usuários na internet. O projeto "Memória da Imigração" - carro chefe do museu - conta um banco de dados on-line com mais de 87 mil imagens disponíveis para consulta e download gratuito, em uma ferramenta que ajuda a contar parte importante da história paulista e brasileira.

O trabalho teve início em janeiro de 2011, coordenado pelo Arquivo Público do Estado de São Paulo, e envolveu etapas de organização documental, intervenções de conservação e preservação, digitalização e tratamento das imagens digitais. Como resultado, o banco de dados desenvolvido oferece acesso amplo, público, democrático e organizado a um acervo de inestimável valor material e imaterial relacionado à memória da imigração no Brasil, garantindo ainda a preservação dos documentos originais.

A ferramenta permite buscas baseadas em diferentes parâmetros, disponibilizando resultados organizados entre os critérios:

Cartas de chamada: Cerca de 32 mil documentos que declaravam garantia de auxílio ao imigrante que pretendesse se juntar à família já instalada no Brasil. Os formulários e cartas facilitavam a entrada do imigrante que viesse trabalhar no país, pois comprovavam a existência de um responsável pelos gastos com passagens e alimentação.

Registro de matrícula: Documentação que comprova a passagem do imigrante pela Hospedaria. Por meio do sobrenome é possível encontrar informações referentes à data de chegada, idade, familiares, entre outras. A página do livro em que consta o registro pode ser visualizada em formato digital.

Cartográfico: Conjunto de mapas e plantas de núcleos coloniais, loteamentos, fazendas, edificações e da Hospedaria de Imigrantes, contabilizando mais de 2.800 arquivos.

Iconográficos: Pesquisa que disponibiliza cerca de oito mil documentos que compõe o acervo de imagens. Entre os materiais, estão retratos de imigrantes, cartões postais, fotografias de viagens e da antiga Hospedaria.

Requerimentos da Secretária da Agricultura, Comércio e Obras Públicas (SACOP): Documentos formulados pelos imigrantes buscando obter a restituição de despesas de transporte até a chegada ao Brasil. Alguns desses requerimentos solicitavam antecipadamente passagens ou serviam para prestar contas de adiantamentos.

Jornais: Disponibiliza mais de duas mil edições de jornais de colônias de imigrantes no Brasil, publicadas entre os anos de 1886 e 1987. A maior parte dos títulos está na língua materna do grupo de imigrantes ao qual a publicação era dirigida. As edições pertencem ao acervo do Arquivo Público do Estado de São Paulo, Instituto Italiano di Cultura de São Paulo e Instituto Histórico Geográfico de São Pauo.



Museu da Imigração do Estado de São Paulo

O novo Museu da Imigração do Estado de São Paulo herda do Memorial do Imigrante toda a história de preservação da memória das pessoas que chegaram ao Brasil por meio da Hospedaria de Imigrantes, e o relacionamento construído, ao longo dos anos, com as diversas comunidades representativas da cidade e do Estado.

É no entrelaçamento dessas memórias que se encontra a oportunidade única de compreender e refletir o processo migratório.

Em seu novo projeto museológico, o Museu da Imigração pretende valorizar ainda mais o encontro das múltiplas histórias e origens e propor ao público o contato com as lembranças daquelas pessoas que vieram de terras distantes, suas condições de viagem, adaptação aos novos trabalhos e contribuição para a formação do que hoje chamamos de identidade paulista.

Fonte: Museu da Imigração de São Paulo

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Beltane dos Felinos, o fluir dos gatos.




Foram três meses de uma longa espera até que chegássemos novamente aos portais do verão. 


Lentamente a paisagem florida deu espaço para que o brilho do sol manifestasse plenamente a sua luz e o seu calor, enchendo ainda mais de vida tudo ao nosso redor, foi o tempo necessário para que assim na vida como na natureza, as flores cedessem lugar aos frutos, que agora enfim podiam ser colhidos. Frutos que representavam sonhos de uma vida e que dentro em breve poderiam ser divididos, através de uma boa notícia, com todos os fraternos que logo estariam reunidos, mais uma vez com alegria para dar as boas vindas a Bel.

Era este entendimento dos ciclos da vida que ocupava meu pensamento enquanto nos dirigíamos à cidade de Juquitiba, levados pelo som da música que tocava no carro, enquanto a estrada fazia com que tudo que era normal e rotineiro fosse ficando cada vez mais distante. 
Meu coração estava alegre pela recepção calorosa que tivera, de abraços e sorrisos e de gente com brilho no olhar, alguns ansiosos outros radiantes, todos de uma felicidade contagiante e leve, tão suave como a brisa que nos recebeu assim que chegamos ao local onde seria celebrado mais um beltane.

Já na entrada me surpreendi com a quantidade de lenha que havia sido gentilmente separada para nós. Sim, seria uma bela fogueira!!!

Rapidamente todos foram se acomodando, se organizando nos quartos, levando os alimentos para a cozinha e em pouco tempo havia uma mesa farta, digna de uma casa muito próspera e é assim que deve ser, posta com carinho para nossa primeira confraternização. Então nos apresentamos, conhecemos os novos peregrinos, ouvimos histórias sobre nossas raízes e sobre aqueles que vieram antes de nós.

Seguiu-se um período de repouso, para que todos se concentrassem, descansassem o corpo físico para o festejo que adentraria a noite, mas eu estava empolgada demais para dormir. A casa estava silenciosa, apenas os pássaros eram ouvidos cantarolando pela natureza e lentamente eu vi pela janela o entardecer dar lugar ao escuro da noite, anunciando que era chegada a hora de retirar os véus das realidades e ir dançar em outros mundos.

A fogueira foi acessa, os seres da floresta encantados com a luz dançavam ao nosso redor e convidavam para nos uníssemos a eles, em celebração. Ao passar pela fogueira, este mundo já não existia mais, eu estava de volta para casa, em comunhão com a floresta e em um mundo onde o significado da vida é alterado por completo. 

Do alto da copa de uma árvore, segurando num galho, um ser da natureza nos observava com ar brincalhão, cheio de graça, nos olhava e sorria, como se todo o tempo estivesse ali e apenas nós até então não pudéssemos vê-lo. Ele sorria e nos abençoava. E eu sorria de volta, grata e encantada com sua presença, com a imponência de sua figura. 

O fogo subia até onde ele estava, pulando nas folhas das árvores, querendo alcançar o céu. Meus olhos nada mais desse mundo viam, estavam absortos diante de tamanha beleza como era a dança de elementais na fogueira. E eles falavam comigo, me explicavam do grande poder ali contido e me diziam que eu poderia pegar aquela energia, desde que soubesse o que iria fazer com ela, desde que eu me comprometesse a utilizá-la em algumas realizações bem especificas.  O fogo estava vivo e eu podia ver milhares de seres nele, todos oriundos de uma fonte principal, da base da fogueira, mas com consciências independentes, que seguiam seu rumo ao céu... Eram trajetórias de vida, que me pareciam tão rápidas para o tempo como nós o entendemos, mas que faziam tanto sentido naquela realidade onde estavam.

Tive uma longa conversa sobre poder com a fogueira e com ela firmei um compromisso. Seu calor, a dado momento, fez com que todo meu corpo se revigorasse e me fez ter a sensação que meu sangue fervia, que meu corpo todo era liquefeito e essa água, cada vez mais quente jorrava de mim, ao ponto de lágrimas caírem abundantemente ao solo, eu tinha as mãos úmidas e muito quentes. Sentia como se fosse feita de água, sentia essa água escorrendo pelas minhas costas, descendo pela coluna, sempre potencializada pelo calor do fogo. Aquilo me fazia um bem enorme, fiquei um bom tempo aprendendo a controlar aquela energia, aprendendo a captar mais calor, a direcioná-la para pontos específicos, tudo sempre com a orientação da fogueira. Era este o aprendizado que eu pedira uma semana antes e que agora estava sendo me dado.

Passada esta conversa com a fogueira, fui então ser apresentada a uma suave e bela flor azulada que desabrocha pelas manhãs. 
Para ir ao seu encontro tive de engolir seus grãos terrosos moídos, que me fizeram lembrar a agonia que me dá ver qualquer terra seca e por isso a tomei acompanhada de muita água, o que me rendeu uma limpeza imediata. Ao sentir seu sabor terroso entendi que toda a dinâmica do meu aprendizado naquela noite seria em torno do meu elemento. E agora, o desafio era estar diante de coisas que eram opostas a minha essência.
Nada como uma boa limpeza para clarear as ideias... risos...

Antes de começar a minha conversa com a dita flor, fiquei observado a rainha conversar com os outros fraternos. 

Uns deles, demarcavam território como um animal feroz que não gosta de aproximações, em outros eu via a briga para manter em pé estruturas de pensamento há muito consolidadas, outros dançavam, outros se confrontavam com antigos inimigos, outros estavam tão longe... sentia-me feliz por ver tantas pessoas em busca por consciência. 

Num dado momento, um guardião pediu que eu o seguisse e me levou ao um lugar de grande magia, onde as árvores eram do tamanho de gigantes e uma acolhedora clareira aparecia após se cruzar um portal. Uma das árvores em especial, era conversadora e de grande sabedoria, gostava tanto de falar até um banquinho se prontificou a oferecer. 

Precisava compartilhar minha descoberta com outras pessoas, peguei o caminho de volta, escolhendo a linha de realidade certa onde pisar para conseguir voltar porque no solo muitas delas se misturavam e, estando de novo próxima a fogueira, convidei um felino a me acompanhar aquele mundo e com ele também veio um corvo que de pronto assumiu uma longa conversa com a antiga árvore que mencionei e por lá ficou sentado bom tempo. Por fim, a pedido da rainha, ainda levei lá uma nova peregrina que eu vi sufocada pela varanda, também até lá e vi sua energia mudando, seu coração se acalmando e como ele ficou bem mais confortável em um local aberto.

Pelas altas horas da madrugada, comecei a sentir um desajuste completo do meu corpo físico com meu espírito, a matéria me causava grande incomodo, eu estava lenta, muito lenta e não conseguia me sentir ao certo. Fui então aos poucos, bem lentamente migrando para uma realidade onde tudo era muito devagar... a passagem de tempo era diferente da nossa, toda minha velocidade felina não conseguia se manifestar lá, tudo corria em um ritmo muito próprio, muito lento. Isso me incomodava e eu tentava acelerar as coisas por lá. Então tive uma longa conversa com a flor azul sobre o ritmo do mundo, sobre o entendimento de que tudo obedece a uma ordem perfeita e nem sempre a velocidade dos acontecimentos é a minha velocidade, embora eu sempre queira que seja.  Foi uma conversa que me acalmou, que me deu paz, me fez perceber onde desacelerar para "conservar energia" e me desgastar menos com situações cotidianas... Por fim, a oportunidade de ficar em um local oposto ao que me é confortável foi um desafio muito interessante, um aprendizado muito bom.

A conversa se seguiu em alguns lugares muito longínquos, lembro-me de ter entrado em um local de muita claridade e seguido por ele, até bem longe e de repente, não sei ao certo quanto tempo depois, apenas sentir meu espírito, meu desajeitado ainda, encaixar de supetão de volta no meu corpo. Estava na cama essa hora, então me levantei de pronto e retornei ao salão. 
As luzes começavam a ser acessas, as pessoas começavam a voltar a este mundo, aos poucos estávamos todos aqui novamente. 
O alimento para o corpo físico era dado agora porque o alimento da alma já havia sido dado, saciando a sede de entendimento e de conhecimento de todos nós.

Os deuses estavam felizes, a terra estava abençoada e no meu coração a mais profunda plenitude estava presente. 
Gratidão era o meu sentimento mais veemente, gratidão por todas as conquistas que aquela roda tinha nos propiciado. 
Gratidão por não ter esmorecido nas dificuldades, gratidão pela generosidade da nossa casa, pela força dos nossos guerreiros, pela fé dos nossos protetores. Gratidão aos nossos ancestrais, que também felizes estavam ali conosco. E por poder vivenciar momentos tão especiais nesta existência!

E, o que mais dizer? que a roda continue girando! Temos muito trabalho a fazer!!!

Abraços fraternos,
Dani
Aprendiz do Círculo Mágico da CLÁN Dragones - Bruxaria Tradicional Ibero-Celta