terça-feira, 31 de janeiro de 2012

BRUXARIA TRADICIONAL: Festival de Lughnasadh

Festival de Lughnasadh


Irlandês antigo: Lugnasad 
Irlandês: Lúnasa
Gaélico escocês: Lùnastal 
Manx: Luanistyn

Lughnasadh é celebrado no dia 1° de fevereiro no Hemisfério Sul e
1° de agosto no Hemisfério Norte. "Lá Lúnasa" é um dos quatro Festivais Celtas mais cultuados e, uma celebração agrícola de agradecimento, onde se comemora o festival de colheita e  a honra a memória de Tailtiu, mãe adotiva de Lugo, o Deus das muitas habilidades.

Lughnasadh é uma época ideal para agradecermos às nossas colheitas, sejam elas colheitas rurais ou de atos pessoais. Lughnasadh marca o tempo da colheita, onde oferendas são feitas com diversos objetivos, tal como proteção, cura, prosperidade e até uma época para escolha de maridos.

Lughnasadh literalmente significa "Jogos de Lugh", isso se deve ao antigo costume celta de promover encontros tribais, feiras e competições esportivas, denominado "Oenach", quando os clãs se reuniam em paz, para honrar a soberania da terra e resolver questões jurídicas. 



O festival sobreviveu como o Fair Taillten , e foi revivido por um período no século XX, como os Jogos Telltown. Em Teltown, às margens do rio Boyne (derivação da Deusa Boann), é tradicionalmente celebrado com jogos competitivos entre homens e meninos. Os vencedores são declarados campeões e responsáveis pela defesa da aldeia. 

Neste ritual as primeiras oferendas são dedicadas a terra junto com pedidos e  agradecimentos.




Cordialmente,

CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Bruxaria Tradicional: A peregrinação politeísta ao Endovélico

A peregrinação politeísta ao Endovélico realiza-se na Lua Cheia de Julho; por outro lado alguns dos seguidores deste deus pagão aproveitam o solstício do Verão para realizarem cultos (a ponto de se falar em turismo do endovélico). Com esses pretextos falamos de uma divindade pagã da «Idade do Ferro, venerada na Lusitânia pré-romana. Deus da medicina e da segurança (...) O culto de Endovélico sobreviveu até ao século V, até que o cristianismo se espalhou na região». Isobel Andrade, da Associação Cultural Pagã, vem ao programa para nos falar do significado do Endovélico.




Cordialmente,

Conselho de Bruxaria Tradicional no Brasil

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O Ciclo de Lugo - A Juventude


Os contos populares mencionam o nascimento de Lúg Lámfada, embora nestas histórias o nome do menino nunca é explicitado. As fontes escritas concordam que o pai de Lug foi Cian filho de Dian Cecht e Ethne filha de Balor. Estas fontes não revelam, no entanto, os bastidores de seu nascimento. Informam-nos que o pequeno Lúg foi trazido para casa para Dall Duac e foi adotado por Tailtiu filha Magmór Rei da Espanha


Tailtiu era a esposa de Eochaid mac Eirc, último rei dos Fir Bolg. 

Tailtiu era a mãe adotiva de Lugh, que o criou com o amor, como se fosse sua própria cria. Quando Lugh atingiu a idade certa que ele foi enviado para Temair, onde deu uma contribuição valiosa para a guerra que o Tuatha Dé Danann estavam preparando contra Fomóire .

Outras fontes, igualmente, argumentam que o padrinho de Lug era apenas Manannan Mac Lir, que o criou como um grande campeão e sempre o protegeu. Outros ainda dizem que o jovem Lugh trabalhou como assistente na forja de Gabidien, em que ele foi capaz de praticar as suas diversas tecnicas.

Senhor das Habilidades conhecido pelos Tuathas Dé Dannam como o "Ioldanach" (Mestre de Todas as Artes ou Senhor dos Mil Talentos).

epítetos
 
Ildánach"Das muitas artes"
Samildanach -  "O que une muitas das artes"
Lámfata"O de Arma Longa"
Lonnbeimenech - "O que impressiona furiosamente"
Dal Duana - "cegamente teimoso"


Parentesco Mítico
Pai:  Cian mac Cainta
Avô:  Diana Cecht
Mãe:  Ethne filha de Baloir
Avô materno: Balor Mac Doit
Pai adotivo (I): Manannan Mac Lir
Mãe adotiva (II): Tailtiu




Cordialmente 
Conselho de Bruxaria Tradicional 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

1 PALESTRA sobre BRUXARIA TRADICIONAL do CBT

Por Bruxaria Tradicional, entende-se que é de fato uma tradição religiosa espiritual/mágica marginalizada pelo senso-comum, transmitida por gerações, com base no Paganismo, no culto aos Ciclos da Natureza e Ancestralidade. Gostou da Definição? Venha para o Conselho de Bruxaria Tradicional você também!

O Conselho de Bruxaria Tradicional tem o prazer de apresentar as fotos do primeiro evento do ano, a tradicionalidade da Bruxaria, foram abordados muitos temas, polêmicas e origem fatual e historica da Bruxaria na Era Antiga.


Vejam as fotos no site oficial do CBT


http://www.bruxariatradicional.com.br/fotos.htm




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Totem - A influência dos animais em Brasões

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Bruxaria Familiar em Portugal e Galiza

Bruxaria Tradicional e o Reconstrucionismo

Bruxaria Tradicional X Witchcraft

Crença da Migração da Alma - Metacomorfose





Cordialmente,


CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL NO BRASIL
http://www.bruxariatradicional.com.BR

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A Ciência conclui o que os Bruxos já Sabiam!

A Bruxaria Tradicional tem conhecimentos primordiais da essência do homem/ natureza, conhecimentos esses assoprados pelos ventos das grandes florestas e seus elementais pelo qual os bruxos servem de intermediários entre os mundos. A ciência esta chegando a conclusão o que os bruxos a séculos já sabiam.


Estadão.com.br
O cérebro das pessoas que usam cogumelos alucinógenos pode dar pistas sobre como as drogas psicodélicas atuam. Cientistas britânicos dizem que a descoberta sugere que tais drogas poderiam ajudar a tratar depressão.
Para os cientistas, os cogumelos psicodélicos são considerados drogas que 'expandem' a mente - Arquivo/AE
Arquivo/AE
Para os cientistas, os cogumelos psicodélicos são considerados drogas que 'expandem' a mente
Dois estudos sobre os efeitos da psilocibina, o princípio ativo dos cogumelos alucinógenos, mostram que, ao contrário do que os cientistas esperavam, eles não aumentam e, sim, reduzem a atividade em áreas do cérebro que também são inibidas por outros tratamentos antidepressivos.
"Psicodélicos são considerados drogas que "expandem" a mente, por isso foi assumido que elas atuam aumentando a atividade cerebral", diz David Nutt, do Imperial College London, que falou sobre os estudos. "Mas, surpreendentemente, descobrimos que a psilocibina, na realidade, reduz a atividade em áreas que têm as conexões mais densas com outras áreas", diz.
Essas regiões do cérebro são conhecidas por desempenhar um papel em restringir  nossa experiência do mundo", diz ele. "Sabemos que desativar essas regiões leva a um estado no qual o mundo é experimentado de forma estranha", explica
No primeiro estudo, publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), 30 voluntários receberam o princípio ativo na corrente sanguínea enquanto exames de ressonância magnética avaliavam a atividade cerebral. O exame apontou que a atividade diminui nessas regiões e que muitos pacientes descreveram uma sensação de alteração da percepção deles mesmos.
O segundo artigo, que deve ser publicado no British Journal of Psychiatry,
envolveu 10 voluntários e descobriu que a psilocibina aprimorou as lembranças das memórias pessoais.
Robin Carhart Harris do departamento de medicina do Imperial, que trabalhou nos dois estudos, disse que os resultados sugerem que a substância poderia ser útil como uma terapia adjuvante. Mas Nutt alerta que as pesquisas ainda são muito preliminares e envolveram um pequeno número de participantes.
"Não estamos dizendo para as pessoas ingerirem cogumelos mágicos", diz ele. "Mas o impacto da droga no cérebro pode nos dizer algo sobre o funcionamento dele. Então deveríamos estudar e otimizar se há algum benefício terapêutico", continua.
As áreas chave do cérebro identificadas - o córtex prefrontal medial e o córtex cingulado - são alvo de um debate entre neurocientistas. O prefronal encontra-se hiperativo na depressão, e os cientistas dizem que outros tratamentos com drogas, incluindo Prozac e a terapia cognitivo-comportamental, também reduzem a atividade ali.
Mas os especialistas alertam: "as descobertas são interessantes do ponto de vista da pesquisa, mas é preciso muito mais trabalhos até que os psiquiatras possam dizer que a psilocibina é segura, eficaz e um bom coadjuvante da psicoterapia", ressalva Nick Craddock, professor de psiquiatria da Cardiff University. 


Cordialmente,

Conselho de Bruxaria Tradicional

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

RITUAL E MITOLOGIA - O Ciclo de Lugo

O objetivo do Conselho de Bruxaria Tradicional no Brasil é gerar conhecimento aos  seus leitores dentro do Caminho Sábio promovendo o entendimento de identidade cultural e preservação da religiosidade na Bruxaria, levando a todos a visão mágia, tradicionalista e ancestral. 


Já com a vinda do Ritual de Lughnasadh, para quem presta culto ao ciclo da natureza do Hemisfério Sul, que acontecerá nos primeiros dias de fevereiro conforme direcionamento ao Povo Celta, promoveremos um agregado de contos sobre o Deus Lugh (Lugo para os celtas continentais).

Agradecemos as contribuições de estudiosos na área folclorista e assim preservar a identidade cultural e mágica da Era Antiga.

 

I - O NASCIMENTO DE LUGO NO FOLCLORE



Entre os textos antigos da mitológia que são responsáveis pelo nosso conhecimento sobre a figura brilhante de Lúg Lámfada, a Segunda Batalha de Mag Tuired é sem dúvida a mais competente e detalhada fonte de estudos.
Ainda, sobre as origens de Lugo, ainda que um texto cheio de preciosismos apenas fornece algumas informações gerais: nos informa, por exemplo que Lugo foi o filho de Cian dos Tuatha Dé Danann e de Ethne filha do fomóire Balor, e acrescenta que ele tinha sido adotado e ensinado nas artes mágicas por Tailtiu esposa do Garb Eochaid. Esta genealogia é confirmada a partir do Livro das Invasões da Irlanda. Outro relato encontraremos na narrativa da vingança de Lugh contra os filhos de Tuirenn (Brian, Iuchar e Iucharba) os assassinos de Cian.

Os detalhes de sua concepção sugere que Lugh nasceu sob um casamento político estabelecido quando o Tuatha De Danann firmaram uma aliança com os Fomóire. 



Gnisit iarum Tuatha De caratrad Fomorib embreagem, ocus Debert Balar ua neito para Ingino. I. Ethne, de Dien Cecht Cen mac. Gônadas da ruc lado um mbuadha Gein. I. LUCC.Em seguida, o Tuatha Dé formou uma aliança com os Fomóire , e Balor neto de Net deu a sua filha Ethne a Cian filho de Dian Cecht . E ela deu à luz o filho glorioso, Lug .
Batalha (segundo) da Mag Tuired


No entanto, em um grande número de contos populares, coletados em diferentes áreas, em momentos diferentes e por diferentes pessoas, sobreviveu a uma quantidade considerável de material mitológico que escapou às fontes antigas, essas fontes formaram muitos contos de fada sobre o nascimento de Lugh. Diferentes versões desta história, foram transcritos através dos mitos camponeses irlandeses durante o século XIX. Algumas dessas versões são dadas por William Larminie e Curtin Jeremias em suas coleções de carater fictício (Larminie 1893 | Curtin 1894) .

Esses contos, mesmo que não combinem bem com as fontes antigas, nos dão um parecer sobre a visão mitológica dos personagens e suas correspondências na sociedade antiga. Figuras míticas como Goibniu, Lugh, Manannan e Oengus Oc,  estam vivas na herança folclórica irlandesa. Poderíamos perguntar, no entanto, quão confiável este material para a reconstrução dos mitos irlandeses? Esta é a grande dificuldade da questão, separar o mito da histórica, seria também necessário rever os textos da era medieval redigidos pelos monges copistas irlandeses retirando suas distorções para com o catolicismo. Certamente, reunindo os textos populares medievais e matérias acadêmicas, com muito estudo e dedicação poderemos com sensibilidade entender de maneira mais ampla os mitos antigos celtas.
Cordialmente 
Conselho de Bruxaria Tradicional 

domingo, 22 de janeiro de 2012

BRUXARIA TRADICIONAL: NOTA DE ESCLARECIMENTO

Depois de dois anos trazendo ao nosso seleto público conhecimento sobre a religiosidade da Bruxaria Tradicional, e recebendo apoio da comunidade pagã, temos o prazer de divugar essa Nota de Esclarecimento.

Religião é apenas parte da vida! Curta a vida como um todo!



 

Cordialmente,

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Questões da Violência e do Falso Ativismo Ecológico

Quem tem medo do lobo mau? Lembram dessa frase cantada na infância? Ela encontra outro significado, não mais o lobo mau, da bruxa feia, e nem dos magos malvados em busca de poder, hoje o grande vilão não usa os chapéus pontudos, eles usam o colarinho branco!

O mundo e sua violência gratuíta, o inchaço das grandes cidades, a necessidade de correr contra o tempo, os vícios, alguns patrocinados pela própria mídia e reality shows, os programas violentos de luta, o individualismo, a rebeldia, o fundamentalismo religioso, e o desrespeito entre os seres humanos e animais, já que nossas florestas são derrubadas até mesmo pelos indígenas que lucram pelo incentivo das madeireiras.

E nossos contos infantis do passado tal como o lobisomem, o vampiro, o bruxo marginal se perderam perante o traficante, o ladrão, os ébrios motorizados, os machões de trânsito e tantas e tantas estórias que cada leitor poderia contar do seu próprio cotidiano.
  Estaremos em breve largando os saquinhos plásticos uma salva de palmas para o governo ambientalista de nosso belo país. Será? Vamos fingir que isso não tem interesse dos fabricantes de sacos de lixo, dos donos de supermercado, pois afinal de contas qual será a alternativa para o plástico jogado? Será a mesma! Largaremos os sacos brancos e assumiremos os sacos pretos e você ainda pagará por isso. Ah... mas existem projetos! Hummm que bom, tal como o álcool que esta parado nas bombas dos postos de combustível por conta do preço e que irá melhorar somente em 2014?

É uma pena que tenhamos pessoas tão desorientadas nesse planeta, não entenderam que a Terra clama para que exista consciência em nossa sociedade e que nos juntemos para que as instituições, se tornando fortes, poderem conquistar alternativas e prover não apenas recursos mais gerar conhecimento, é a famosa mania de se achar tão especial e tão suficiente que sucumbi a sua própria ignorância e que leva somente a marginalidade, e quem sabe nessa solidão bestial encontre no sonho do passado dos famosos contos do bicho papão, pois a culpa da própria ignorância recai infantilmente perante aos outros e assim teremos as famosas difamações e ofenças, eis a cura para os que faltam com suas próprias responsabilidades perante a colheita do que plantaram.

Lamentável! Tragicômico...

O que nos resta é caminhar pela rua e desconsiderar os latidos dos cães trancados em garagens sujas sujeitos as ordens de seus donos, sempre indomáveis a achar que o mundo é do portão para dentro, quando na verdade o mundo é muito mais amplo que seu próprio umbigo.



Abraços Fraternos,
Ricardo DRaco
Um simples peregrino a caminhar pela rua.


Cordialmente,
CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

CBT - “Escavação Arqueológica” para crianças

Vamos educar nossas crianças desde cedo a serem buscadoras sinceras do conhecimento!

MAE promove uma “escavação arqueológica” para crianças

Durante as três horas de atividade, as crianças escavarão artefatos enterrados no jardim do MAE, além de aprender sobre povos antigos e fazer um lanche no Museu

Crianças de 7 a 12 anos terão a oportunidade de vivenciar um pouco da aventura de uma escavação arqueológica. Promovida pelo Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), a atividade acontecerá no dia 23 de janeiro, das 14h às 17h, no jardim do próprio Museu, onde diversos objetos foram enterrados na areia.

Os pequenos arqueólogos desempenharão a tarefa de encontrar e desenterrar os artefatos, utilizando ferramentas próprias de cientistas. A partir da descoberta, os educadores apresentarão um pouco da história dos povos antigos que produziram essas peças.

A atividade é gratuita, mas apenas 20 vagas estão disponíveis. Os pais não poderão acompanhar os filhos durante a escavação. As inscrições poderão ser feitas pelo telefone que está abaixo, a partir da próxima segunda-feira, dia 16 de janeiro.

O MAE está localizado na Av. Prof. Almeida Prado, 1466, Cidade Universitária, São Paulo.

Mais informações pelo telefone (11) 3091-4905

Cordialmente,
http://www.bruxariatradicional.com.br

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Conselho de Bruxaria Tradicional: Tecemos a nossa Essência

Tecemos a nossa Essência

Tecer o dia que nasce;
Uma tarde que se transforma;
Uma noite que se prepara e chega...
Lua que pode mudar e dar formas.
Tecemos a nossa linha de equilíbrio
E saudamos a sabedoria dos nossos ancestrais.
Tecer o que foi perdido e agora mais do que nunca encontrado.
Tecemos a jornada da alma
Para nos sentirmos eternamente plenos.
Tecer... Tecemos e continuaremos a tecer...
As buscas em movimentos,
Assim como as nossas formas...
Hoje sou uma lebre,
Amanhã um lobo, aranha por uma vida inteira.
Corujas sábias...
A Donzela que está em meu coração,
A Mãe que em meu ventre encontro,
Anciã na mente e na sabedoria.
Procuramos a força da água em nosso corpo
Que encontramos em nosso sangue e saliva;
O fogo, o calor do nosso corpo,
Assim quando juntamos as nossas mãos e as aquecemos;
A terra, nosso corpo físico, abraçar as árvores,
Sentir a terra sob os nossos pés;
Ar, nossa respiração, o sopro da inspiração.
Tecemos o nosso dia, a nossa vida, buscamos a totalidade...
Assim dançamos com a nossa vida, com os sentires, com a nossa inspiração.
Dançamos como mulheres Aranhas...
Com os fios que tecem...
Com a energia em movimento...
Com os nossos ciclos...
Tecer cada dia um novo fio...
As descobertas que brilham em nossa alma e se transformam em essência.
Então, vamos dançar cada fio que tecemos!?
(Alëssah Celtic)

Aranha

A tecelã do Universo está entre o céu e a terra, o seu poder é infinito. Ela constrói, desfaz, fia, captura e renova a sua teia, por isso, ela é um símbolo das forças que mantém a estabilidade cósmica. Inspira a visão, a coragem para transformar os nossos sonhos em realidade, tecer os nossos desejos.

A aranha que apareceu no sonho do Xamã para explicar-lhe sobre a composição do que hoje chamamos de filtro dos sonhos (dreamcatcher), que nada mais é do que um condutor do subconsciente manifestando proteção e auxiliando na evolução espiritual. E nas palavras de K. G. Jung diz que a aranha é como símbolo representativo do Self, trata-se da força interior que emana de quem realmente somos, sombra e luz, claro e escuro, etc.

Assimiladas ao tecer das aranhas, temos as tecelãs que ao longo dos tempos utilizam desse poder ancestral ao fiar as infinitas possibilidades restabelecendo a ordem no caos, dando forma aos seus anseios, saberes e sabores femininos que apenas foram “sufocados” com a chegada da revolução industrial (mazelas do patriarcado).

Manuseando um tear as tecelãs estão frente a frente com a sua inspiração e se entregam totalmente ao trabalho e a arte, traçando todas as suas vontades e transformando-as em realidade palpável.

Mulheres de várias tribos untavam de sangue menstrual o fuso (máquina de tear antiga) para invocar a proteção das Deusas. Mulheres também se reuniam em cavernas durante o inverno para fiar, cantar e dançar, o uso do fuso para fiar também era usado para presságio de conclusões de guerras, como por exemplo, as videntes da Irlanda que usavam pequenas tábuas furadas no meio e giradas com as mãos um método de tecer para prever os resultados das batalhas e cataclismos naturais.

Os cintos decorados e utilizados como objetivos mágicos, também, são citados no decorrer da história.

Cintos longos de lã vermelha e com franjas nas extremidades (chamados Zostra), heranças preciosas das mulheres européias, que eram passados de mães para as filhas e usado em partos difíceis, sendo colocados nos ventres das parturientes, assim como era feito com a reprodução do cinto mágico da Deusa Brigid (chamado brat) que facilitava a concepção e o parto.

Em um poema norueguês do século 11 descreve-se uma cena dramática em que doze Valquírias tecem entranhas humanas sobre um tear feito de espadas e caveiras, cuja canção pressagia o fim funesto de uma batalha e a morte de muitos guerreiros.

Ecos das Deusas tecelãs existem no cristianismo, como são vistas nas cenas da Anunciação de vários afrescos, onde Maria aparece segurando um fuso e o fio passa iluminado acima da cabeça de Jesus, enfatizando a ligação entre o ato de fiar como símbolo do destino, da vida e do nascimento da criança divina.

Fontes muito antigas descreviam a Deusa anciã como Tecelã e Senhora do Destino, enquanto as Senhoras Brancas se deslocavam nas noites de lua cheia carregando fusos, predizendo a sorte ou dando mensagens as mulheres reunidas nos círculos de menires ou próximo aos locais de poder da terra. As camponesas européias deixavam meadas de lã ou linho nestes lugares junto com oferendas de pão e manteiga, na manhã seguinte o pão tinha desaparecido e os fios tinham sido tecidos.

Existem monumentos megalíticos em alguns lugares da Europa como Inglaterra e Irlanda, onde acreditava-se que Fadas gigantes carregavam as pedras em suas cabeças enquanto fiavam e cantavam, como conta na Irlanda que várias colinas e ilhas foram criadas pela anciã Cailleach, que levava pedras no seu avental e as espalhava a seu gosto pela terra. Essa ligação entre seres sobrenaturais, menires e locais de poder telúrico levou à sua “demonização” pela igreja cristã, que as denominou de “pedras do diabo”, onde as bruxas teciam suas maldições e feitiços malignos.

Uma outra semelhança que existe, referente ao ato de fiar das tecelãs é a ligação do cordão umbilical que é cortado para dar continuidade a uma nova vida, sendo que, quando se corta o fio no fuso/tear está se fazendo o mesmo com o que foi criado.

Bênçãos de Inspiração!

Por Alëssah Celtic


Alëssah, Sacerdotisa da Terra
www.alessahceltic.blogspot.com





Contribuição de amigos e parceiros do Conselho de Bruxaria Tradicional no Brasil.
Paganismo Tradicionalista é no CBT
http://www.bruxariatradicional.com.br

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

TESTE: Saiba se você é um Bruxo (a)?

O teste irá analisar suas influências e crenças para direcionar a um caminho dentro do mundo das religiões, veja de forma simples a sua inclinação mágica.

Um teste lúdico, mas que pode dar uma margem potêncial no direcionamento de crença.

1) A respeito das Crenças da Floresta
A) Acredito que a Natureza é a própria Deusa
B) Acredito na personalização das forças da natureza em deuses
C) Gosto da Natureza, mas prefiro o oculto de todos os lugares
D) Minhas crenças estão além da Floresta.

2) Eu acredito em:
A) Um Deus e uma Deusa criadores de tudo
B) Eu acredito nos Deuses, mas cultuo sem ecletismo
C) Que deus mora em nós mesmos
D) Eu acredito em tudo, de gnomos a santos

3) Eu prefiro a magia:
A) Cerimonial e Natural
B) Natural
C) Cerimonial
D) Qualquer forma de magia, pouco importa

4) Sobre o tema pós morte, o que acredita?
A) Que meu espírito estará junto a Deusa
B) Que voltará a terra dos deuses e ancestrais
C) Prefiro viver ao ficar criando teses sobre a morte
D) Me tornarei parte do Universo

5) Lugar de Culto eu prefiro em:
A) Em um lugar limpo e sagrado, cercado e preparado magicamente
B) Cultuar na natureza obrigatoriamente
C) Em um templo ou encruzilhada
D) Onde eu sentir boas energias

6) Em um momento crítico você:
A) Procuro a minha sacerdotisa para um conjuro, reunirei meu coven
B) Faço uma prece aos deuses, ancestrais, mestres e irmãos
C) Evoco as forças ocultas e crio sigilos mágicos de proteção
D) Acendo incensos, velas, coloco agua para o santo e oferendas para os elementais

7) Para que serve uma iniciação
A) Para conquistar aceitação em um grupo e me tornar um sacerdote um dia
B) São festividades que comemoram fases do ciclo mágico
C) Para se adquirir respeito e poder
D) A verdadeira iniciação acontece na alma, não existe necessidade

8) Você acredita em religião?
A) Acredito
B) Se o significado for religação e culto a divindade sim
C) Não acredito
D) Depende da religião

9) A origem do que acredita nasceu:
A) Da era paleolítica, mas hoje se modernizou
B) Das crenças nativas de base ancestral
C) Do grande magister de nome (..........)
D) Da grande transmutação do Universo

 
10) Qual o seu foco dentro da magia
A) O equilíbrio pelo poder feminino
B) Preservação e sabedoria
C) Com certeza o poder
D) Equilibrio mental, físico e Espiritual

11) Qual o tipo de reação você causa nas pessoas quando fala de suas crenças
A) Ficam curiosas
B) Ficam confusas, porém querem saber mais
C) Ficam receiosas ou com medo
D) Ficam em casa, pois encontram semelhanças com algo que acreditam

12) Acredita no culto de sacrificio de animais?
A) Não, mas admito exceções
B) Sim desde que usado a carne para alimentação
C) Sim, mas uso energético
D) Nunca

13) Você vê o sexo como:
A) Uma concepção da união entre micro cosmos e macro cosmos (deus e a deusa)
B) Em um ato natural do ciclo da natureza
C) Uma ferramenta mágica
D) Sou contra o sexo, sou a favor do amor, pois nosso corpo é um templo sagrado

14) Você já amaldiçou alguem?
A) Eu acredito na lei triplice, se eu fizer algo voltará três vezes para mim
B) Toda ação tem consequências
C) Não preciso, pois todo magista tem controle sobre as situações
D) Eu apenas não entro nessa energia, prefiro viver na luz

15) Qual som você usaria para uma meditação?
A) Enya e Loreena Mckennitt
B) Som da Natureza e Regionalistas
C) Gótico Eletrônico ou Mantras Mágickos
D) Músicas newages

16) Quantos rituais você faria em um ano?
A) Faria 8 rituais mais as fases da lua e comemorações do meu coven
B) Faria conforme os costumes de minha tribo e aldeia
C) Conforme necessidade e influências astrológicas
D) Não existem datas para se ritualizar, vai do seu estado de espírito

17) Um mestre é?
A) Um sacerdote
B) Um professor
C) Uma pessoa certificada
D) Um ser iluminado

18) Tradição é?
A) Uma ordem Iniciática
B) Um conhecimento passado de geração a geração
C) Somente iniciados podem captar com propriedade
D) Vertente religiosa



Agora verifique suas respostas!

A) Tendência a ser um wiccano.
B) Tendência a seguir pelas crenças nativas Exemplo: Bruxaria Tradicional, Druidismo, etc...
C) Indicação a seguir pelo mundo ocultista. Exemplo: Magos, Feiticeiros, etc..
D) Inclinação para o ecletismo, sem a necessidade de estar afiliado a uma religião.

Lembrando que este teste reflete uma tendência, além de ser apenas um mecanismo lúdico, o importante é conhecer locais e pessoas e após esta vivência reconhecer qual caminho esta mais próximo de suas crenças.

Cordialmente,

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

BRUXARIA TRADICIONAL: AGENDA 2012

É com grande prazer que divulgamos nossa Agenda de Atividades para o primeiro semestre de 2012!

Muitos Eventos e Palestras para você que gostaria de aprender sobre Bruxaria Tradicional de um jeito certo e claro, com grupos que prezam por manter as tradições na Bruxaria, com materiais e cursos acessíveis a este caminho mágico ancestral.


Faça parte você também do CBT!
 Sem mensalidades e burocracias, para se afiliar basta entrar na comunidade! Entre agora mesmo nesse link e veja como funciona: http://www.bruxariatradicional.hd1.com.br/como-se-afiliar-ao-conselho-bruxaria.htm






Seja bem vindo!








quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Bruxaria Tradicional: Constituição versus Bíblia

É a Constituição que deve ser lida nas escolas, e não a Bíblia, diz professor

por Rogério Santos,

A Bíblia é uma coletânea de textos certamente importante* para definir a nossa cultura de forte influência judaico-cristã. Estabelecer a obrigatoriedade de leitura dos textos bíblicos nas escolas, no entanto, pode ser considerado errado por diversos motivos. (*opinião exclusiva do autor)

Primeiramente é ilegal, uma vez vai de encontro à Constituição que estabelece o Estado brasileiro como laico através do artigo 19, I. Esse artigo diz: “É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.” (grifos meus).

Isso significa que práticas religiosas são um direito do cidadão, mas jamais devem ser estabelecidas pelo Estado como um dever. Ao obrigar professores a ler versículos bíblicos para os alunos, o poder público comporta-se como se houvesse religião oficial no país, o que não é verdade. Caso a lei passe a vigorar, o Estado passa a obrigar um funcionário público a participar de um rito religioso que não necessariamente é compatível com suas crenças pessoais, ferindo o princípio de liberdade religiosa.

Além dessa questão legal, é uma falta de sensibilidade com pessoas de seguimentos religiosos discordantes do cristianismo. Ainda que a maioria da população seja cristã, não há justificativa para o poder público impor esse constrangimento a pais, alunos e professores que não sigam o cristianismo, já que a democracia não deve significar um domínio da maioria às custas do sofrimento de uma minoria mal representada.
Creio que os cristãos estão familiarizados com a chamada regra de ouro que estabelece que "não se faça ao outro aquilo que não gostaria que fosse feito a si". Essa regra, que inclusive é representada nos evangelhos de Mateus (7: 12) e de Lucas (6: 31), deveria convidar os autores do projeto de lei e cristãos em geral a imaginar se gostariam que seus filhos fossem a escolas que os obrigassem a ouvir leituras do Corão, do livro dos espíritos ou do livro dos mórmons. 
Estariam os autores do projeto confortáveis em ser obrigados a ler esses livros diariamente em público caso fossem eles professores? É preciso um pouco mais de sensibilidade em relação às minorias para que estas não tenham seus direitos atropelados por uma maioria cega e egoísta. Ninguém gostaria de viver em um país assim.

Outro motivo é em relação à adequação do material literário aos objetivos da educação. O texto bíblico é bastante inadequado às crianças por estas não terem suas capacidades de avaliação crítica plenamente desenvolvidas. As tendências infantis ao literalismo e à credulidade tornam as crianças especialmente vulneráveis a um conteúdo que elas não estão preparadas para elaborar.

Embora a Bíblia possua ensinamentos interessantes a respeito do amor ao próximo, esses ensinamentos encontram-se afogados em descrições de Deus ordenando assassinatos seguidos de estupros (Juízes 21:10-24; Números 31:07-18; Deuteronômio 20:10-14), forçando vítimas de estupro a casarem com seus agressores (Deuteronômio 22:28-29), estabelecendo regras para vender sua filha como escrava (Êxodo 21:07-11), apoiando e estimulando a escravidão (Levítico 25:44-46) inclusive escravidão sexual (o já citado Êxodo 21:07-11) e estabelecendo pena de morte para vários "crimes", inclusive tocar o monte Sinai (Êxodo 19:12), ter um boi que matou uma pessoa (Êxodo 21:29), fazer sexo menstruada (Levítico 20:18), ser profeta de outro deus (Deuteronômio 18:20), levantar falso testemunho (Deuteronômio 19:19), ser adúltero (Levítico 20:10), não gritar quando se é estuprada! (Deuteronômio 22:24), desobedecer os pais (Deuteronômio 21:20) e blasfemar (Levítico 24:16). Uma criança diante da aceitação de Deus a tais práticas completamente absurdas e anacrônicas pode se encontrar confusa em questões morais.

Em termos de adequação, seria muito mais interessante a leitura da Constituição brasileira ou da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Materiais à autoridade dos quais estamos todos submetidos.

Por fim, não acho que os proponentes da lei agiram de má fé ou que intencionalmente queriam oprimir as minorias. Provavelmente seguiram um viés de pensar que, por estarem cercados de cristãos, a lei seria uma ideia interessante para todos. 
É importante, no entanto, que os representantes do poder legislativo respeitem a Constituição, cumprindo sua função com a atenção focada em todos e em cada um e não apenas na maioria dos eleitores.

Rogério Santos é professor de psicologia da Universidade Federal do Tocantins. Esse texto foi publicado originalmente no Araguaína Notícias.
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