quinta-feira, 31 de março de 2011

Bruxaria - Artigos do Sto. Oficio

Recebemos uma indicação sobre casos de bruxaria julgados em Portugal, segue um exemplo:


PT-TT-TSO/IC/25/223
TítuloProcesso de Maria Vieira
Datas14/06/1692-04/09/1692
NívelDescriçãoDocumento Composto
CódigoReferAlternCotaTribunal do Santo Ofício, Inquisição de Coimbra, proc. 223
ÂmbitoConteúdoEstatuto Social: Cristã-Velha
Crime/Acusação: Curas supersticiosas; Feitiçaria; Pacto com o demónio
Naturalidade: Pardieiros
Situação Geográfica (Naturalidade): Tabuaças - Serdadelo - Arcebispado de Braga
Morada: F. S. Martinho da Ventosa
Situação Geográfica (Morada): Ribeira de Soaz - Guimarães - Arcebispado de Braga
Estado Civil: Casada
Nome do Cônjuge: David Gonçalves, Almocreve
Data da Prisão: 14/06/1692
Data da Sentença: [03]/[08]/[1692]
Outros Dados: M.C.; FOI PASSADO À RÉ TERMO DE SOLTURA E SEGREDO EM 1692-09-04.
EntidadeDetentoraANTT
LocalizaçãoCópiasCópia microfilmada. Portugal, Torre do Tombo, mf. 4357



Temos outros casos, no site, no mínimo intrigante, visto que existem muitos casos de julgamento de "cristãos novos" (judeus) acusados de serem bruxos, segue o link para outros casos.

Vejam o projeto:

O "Projecto TT Online", desenvolvido com o apoio do Programa Operacional da Cultura, é uma iniciativa da Direcção-Geral de Arquivos (DGARQ) que visa a divulgação e disponibilização, na Internet, das suas principais fontes arquivísticas, decisivas para a compreensão histórica de Portugal e do Mundo.

Na sua primeira versão, aberta ao público dia 1 de Julho de 2005, disponibiliza aos seus utilizadores mais de 52.500 documentos, que incluem alguns dos principais
Tesouros da Torre do Tombo e documentação proveniente do Corpo Cronológico, do Arquivo de Oliveira Salazar, da Companhia de Moçambique

Com a sua concretização, a DGARQ cumpre uma das suas mais importantes missões: facilitar o acesso aos fundos documentais à sua guarda, potencializando, através da Internet, esses conteúdos em benefício da investigação e do conhecimento do Património e da Cultura, no seio da comunidade nacional e internacional.

A entrada nas páginas do Projecto "TT Online" implica a aceitação das
Condições de acesso e utilização que lhe estão associadas.

http://ttonline.dgarq.gov.pt/dserve.exe?dsqServer=calm6&dsqIni=Dserve.ini&dsqApp=Archive&dsqDb=Catalog&dsqCmd=overview.tcl&dsqSearch=((text)='feitiçaria')

http://ttonline.dgarq.gov.pt/

ATÉ ONDE VAI O DIREITO DAS PESSOAS

Estou extremamente chocado com o nível que tenho visto das pessoas, uma coisa é debater sobre teologia/ Filosofia, dar o seu parecer, brincar com alguma tropeçada da parte oponente, ou mencionar algum ato que não tenha gostado, porém o que temos visto são atos de criminalidade, de ofensa, de calúnia, difamação, bullying, intolerância religiosa e de pensamento.

Realmente não temos culpa se algumas pessoas colocam seu nome inteiro nos seus textos e não se preservam, mas se esta ali, por direitos autorais temos que colocar, porém colocar o nome civil da pessoa e ofender com palavras de baixo nível, é mais que passar dos limites.

Falam tanto de um caso da tal "foto" que colocamos, uma montagem, não era uma foto real de qualquer pessoa, aliás, não ficamos em busca de fotos dos outros para degradar, por isso, e somente por isso retiramos a tal imagem, agora não sentimos que seja ofender o sujeito que "trabalha" seja com um charuto, seja com um cachimbo, francamente deveriam ter essa sensibilidade também ao escreverem ao invés de ficarem apontando terceiros.

A partir de agora, iremos retirar qualquer comentário envolvendo pessoas, mesmo que não aprovemos suas idéias pessoais ou atos.

Estamos sim abertos ao debate de idéias, falar de pessoas deixamos para as pessoas menos nobres.

Obs.: Adolescente que não sabe "interagir", nós vamos falar com a mamãe e o papai sim! Cabe aos pais educarem seus filhotes... E o que faltava agora!


Sem mais,

Ricardo DRaco
Conselho de Bruxaria Tradicional

BRUXARIA TRADICIONAL - Tudo ao mesmo tempo agora!

É um prazer ver tantas pessoas interessadas em Bruxaria Tradicional e quantos bruxos tradicionais também!

Eu posso dizer que tenho aprendido muito aqui com nossas conversas, tirando as brincadeiras, as ofensas, faltas de postura e o jogo marionete do bullying.

Posso dizer, ao contrário de muitos, que aceito críticas, posso discutir sobre crença, mas realmente não me importa a agressão a pessoas ou instituições, o fato de discordar não é desrespeito.

Desde quando surgiu à internet, antes mesmo, quando o meio para comunicação era BBS, e isso só os mais antigos sabem, havia além da popularização da comunicação/ tecnologia, a colocação de idéias, vocês não irão ver textos meus cultuando a Deusa, o Diabo, Deus, e sabem o porquê disto? Pelos simples fato, que sempre estive na bruxaria tradicional, quando na época o único foco que tínhamos era uma separação de Wicca com Bruxaria Tradicional, que foi produtiva naquela época, logicamente tirando as discussões mais "apaixonadas".

Fiquei uma década mais fechado para estudos e reflexões e hoje vejo que muita coisa mudou, hoje vejo wiccanos repudiando o termo "bruxaria tradicional", pois o termo se transformou num agregado de diversas filosofias/ religiões/ seitas baseada na obra de Robert Cochrane, onde temos místicos que misturam de tudo e essa forma eclética nunca foi muito bem vista por magistas conservadores.

Vamos ao apanhado de coisas que alguns de vocês tem me passado como bruxaria tradicional:
Magia Cigana, demonologia, Feitiçaria Medieval, técnicas Sufi, Tantrismo Indiano, Práticas Xamânicas Genéricas, Xintoísmo, Wicca, Voodoo, Catimbó, Thelema, Satanismo, Magic Chaos, Ordem Luciferiana, Candomblé, Umbanda, Quimbanda, ufa... será que tem mais?

Vamos ver no que acreditam: Deus, Deusa, Deus e Deusa, panteão de deuses europeus, panteão de deuses africanos, panteão de deuses misturados, um deus ou deusa específico, Diabo, Santos, Ateu, no Deus interior, Panteísta, devo estar esquecendo mais alguma manifestação de crença, mas já deu para colocar algumas.

Ao termo "Tradição" diretamente ligado a "ordem iniciática" na maioria das vezes, outros ligados ao folk, outros nem ai para um ou para o outro.

Origem da crença: Globalizada, do ocidente, do oriente, do cosmos, do céu, do inferno, exclusivo da Babilônia, do Éden, do Astral, etc...

O que posso dizer é que façam uma pesquisa sobre crenças, de todas as pessoas que conversei, cada um colocava uma visão diferente sobre Bruxaria Tradicional, algumas poucas ligadas a uma ordem específica, a grande maioria era iniciado em uma religião/ ordem que tenha uma base conceitual, a grande maioria era solitária e ou hereditária de algum lugar do mundo.

A imagem que eu tenho de uma pessoa com essa confusão toda na cabeça, é uma mulher de roupa indiana, na cor preta, com maquiagem pesada, lenço cigano na cabeça, com guias africanas no pescoço com um pingente no formato de pentagrama, charuto cubano na boca, traçando ponto de exú na encruzilhada e evocando Vesta, Oxum e Thot, tendo na bolsa incenso, tarô, mapa astrológico, o livro da Lei de Crowley e um paguá.

Vou ser sincero, como sempre, não sinto empatia por isso, se Bruxaria Tradicional é tudo isso, entendo totalmente essa não necessidade de caminho espiritual ou religião. Poderíamos pensar em colocar mais coisas, afinal de contas e os ET´s? Bom... pensem ai nos extraterrestres também! risos

Sobre a questão de ego, tenho conversado de igual com todas as pessoas, sem apresentação de títulos, sem ser arrogante, colocando apenas o que sigo, mostrando pontos de vista, questionando alguns valores, façam o mesmo! Poderiam aprender muito mais. Eu geralmente falo de forma genérica, pois não estou visando nenhuma pessoa especificamente, é a famosa estorinha do capuz, agora se você escreve dizendo que cultuamos a "mesma coisa", provavelmente terá minha resposta.

No meu entender, existem muitos grupos de bruxaria tradicional, pois acredito que exista muito interesse em conhecer esse caminho, se bem que.. com essa visão acima, tudo é bruxaria tradicional, mas falando na Bruxaria Tradicional (Folk) a que conheço, é natural um movimento migratório para outros paises, o interesse de pessoas na magia e também que se apaixonam por uma determinada cultura, mas é importante entender origem e momento histórico, hoje podemos ter grupos de Bruxaria Tradicional até no Alaska, basta cultuar, seguir a linha de crença conforme os parâmetros desse caminho.

Logicamente que eu vou continuar a pegar alguns textos e debater sobre o que esta escrito e não sobre o autor. Espero que aprendam tanto quanto eu tenho aprendido. A pouco recebi um email do sujeito comentando que eu somente falo do outros, tudo o que tenho colocado, toda a visão que tenho exposto já é conhecimento, é que a maioria das pessoas quer um livro de receitas, tudo mastigadinho, nas culturas de raiz não tem o livro do ABC, tem que ir além das palavras, nos atos, na visão de mundo, não esperem que eu fique escrevendo feiticinho para arranjar namorado, né? risos!


Abraços Fraternos e GRATIDÃO!

Ricardo DRaco

quarta-feira, 30 de março de 2011

Temos REPÚDIO de quem não sabe o que fala!

Algumas pessoas confundem o termo conselho com o termo aconselhar, bom... somos um grupo fechado com regras próprias, nada mais do que isso, mas se querem um bom conselho, é fácil! damos um, ou melhor vários.

O primeiro deles é seja um buscador, alguém que vá a luta e estude, sim! Vai estudar, é o que podemos dizer, pois dizer que Candomblé, Voodoo, Catimbó e Quimbanda é Bruxaria Tradicional, é falta de conhecimento.

O segundo deles, faça o seu trabalho e não perca tempo falando mal de pessoas ou instituições, isso não apenas vai mostrar sua maturidade, mas também o seu caráter.

O terceiro, conheça suas crenças e o caminho que percorre.

Quarto, quando você estiver mais preocupado com o título/ diploma ao invés do conhecimento, pode ter certeza que você tramita pelos caminhos do ego.

Quinto, não defenda o que você não acredita só para poder puxar o saco ou ser aceito, infelizmente é o que mais temos visto.

Sexto, tenha personalidade, e opinião própria, o que também temos visto são pessoas marionetes, que não sabem o que estão criticando, pelo simples fato de irem a favor da maré.

Nós também repudiamos muitas coisas, mas grande parte delas nós ignoramos, pois temos algo maior para tocar, é uma pena também que cada vez mais existam menos pessoas inteligentes e interessantes para debatermos idéias, analisarmos textos, mas é fato, a internet perdeu muito do seu valor intelectual, hoje só temos góticos esotéricos, gente descompensada e marionetes, tristes tempos!

Mas vamos em frente!

Poção milagrosa" gera filas de até 26 km e atrai milhares na Tanzânia

Um pastor da Tanzânia pediu a seus seguidores que parem de ir à remota região em que ele vive em busca de uma ''poção milagrosa''.

As visitas à sua casa começaram a causar caos na região, porque atraem milhares de pessoas, e as filas se estendem por dezenas de quilômetros.

O reverendo Ambilikile "Babu" Mwasapile, de 76 anos, disse que não quer que ninguém mais compareça a suas sessões de curandeirismo até a sexta-feira, dia 1º de abril, prazo que deu para que as multidões de peregrinos diminuam.

Uma repórter da BBC contou que as filas para uma visita a Mwasapile chegam a ter 26 quilômetros de comprimento.

De acordo com a mídia local, cerca de 52 pessoas morreram quando esperavam para vê-lo.

A crença na magia e nos poderes dos curandeiros tradicionais são costumeiras na Tanzânia.

Alguns curandeiros afirmam, por exemplo, que partes do corpo de pessoas albinas são eficazes na produção de encantos, o que provocou o assassinato de inúmeros albinos nos últimos anos.

Proibição

Em 2009, o governo da Tanzânia proibiu a atuação de todos os magos e curandeiros tradicionais no país.

Veja a localização da Tanzânia

  • Arte UOL
Mas na segunda-feira, o primeiro-ministro do país, Mizengo Pinda, disse que não iria tomar qualquer ação para impedir as sessões de Mwasapile.

A popular poção do curandeiro da Tanzânia é feita de ervas e água, que ele vende por 500 shilings tanzanianos (o equivalente a pouco mais de R$ 0.50).

A repórter da BBC Caroline Karobia, quando visitou a região em que Mwasapile vive, disse ter encontrado cerca de seis mil pessoas aguardando para ver o pastor aposentado da Igreja Luterana Evangélica da Tanzânia.

Filas para ver curandeiro e provar de sua poção são quilométricas
A maior parte delas dorme ao relento ou dentro de seus carros perto da estrada que leva à casa do curandeiro, no vilarejo de Samnuge, que não conta com abrigos, água potável ou banheiros.

Assim que se espalharam os rumores sobre o poder de cura da infusão, muitas pessoas começaram a ser retiradas de hospitais por seus parentes, que acreditam que elas têm mais chance de cura nas mãos de Mwasapile.

Muitas acabaram morrendo antes de vê-lo, enquanto outras, segundo relatos, teriam morrido após tomar a sua poção.

O ministro da Saúde da Tanzânia, Haji Hussein Mponda, disse à BBC que testes provaram que a mistura é segura para o consumo humano.

Ele acrescentou que estão sendo feitos novos testes para avaliar os supostos predicados médicos da infusão.

A polícia foi reforçada na região que leva à casa do pastor, a fim de conter as grandes multidões, muitas das quais chegam a vir de outros países, como o Quênia e até outras nações mais distantes.

Mwasapile pediu por uma interrupção na visita de seus seguidores, após um encontro com autoridades locais.

Um convite a reflexão

Faço um convite para que busquem o seu entendimento pessoal, com sinceridade, o que cada um busca.

Vejo pessoas falando que não querem um caminho espiritual, não precisam de religião, e fico pensando no que acreditam, deus? deuses? deusa? ateu? diabo? numa força? OK, pode ser que no momento você não tenha pensando nisso, mas na hora do aperto, em que você pensa? Qual a sua real crença? Sua filosofia de vida?

Existem vários caminhos, tão diversos que querendo ou não você adentra em algum deles e se sente confortável, é este caminho que você deve seguir, independente do status que outros promovem, independente do que os outros possam pensar. Você deve viver intensamente esse caminho, mas entenda, não confunda o caminho com seus passos, o caminho esta determinado no chão, é a base, seus passos é como você caminha, se mais para a direita, se mais devagar.

Por que começo com essa introdução, pois sinto que muitos estão perdidos, confundem e misturam tudo, e se assim for, o que o difere de um esotérico? Iniciações? Eu acredito que a falta de um caminho nos faz buscar por alternativas desesperadas, e esta trajetória lhe faz ser uma pessoa desastrosa, lembro de uma frase interessante... Dizia: "Quanto mais ampla a Floresta, mais perdido você estará" isso deve ser fácil de acreditar quando se esta perdido na Floresta da Mata Atlântica comparando com a Floresta Amazônica! Uma coisa é certa o ecletísmo não é um caminho é a falta de um caminho próprio.


OK, vamos falar sobre o caminho da Bruxaria Tradicional.

Já colocamos diversos textos sobre o termo tradicional, e outro dia recebemos a "mensagem", nós também acreditamos nisso! Perfeito, caso encerrado, agora me permita dizer, o que você tem feito e estudado dentro desta específica tradição, qual o motivo que te levou a ir para esta região, seja Irlandesa, Italiana, entre outras, o que tem de significativo nessas culturas, o que você preserva, qual o seu trabalho em favor desta regionalidade? Isso é o que você deveria analisar, não se contente com a gota, mergulhe na totalidade deste pais, aprenda o agregado!

Vamos ao termo "bruxaria" temos dois caminhos a seguir, um é que pertence a uma das linhas do paganismo a outra é dada pela igreja católica para marginais, doentes mentais e possuídos pelo diabo. E fora isso o que temos? Temos o termo magista tal como feiticeiro e temos a palavra mago, além dos significados próprios dada as línguas dos povos.

Agora sobre visões, linhas de pensamento, ordens, etc...

Acho muito conveniente, quando alguém falar de Bruxaria Tradicional, que use do principio de origem e não erre no descritivo "oficial" dado a forma genérica para não ofender as outras vertentes.

Na visão específica de Robert Cochrane (1931-1966), usou do termo "witchcraft" ou "old craft", com isso você diz que segue essa linha e pronto, acabou a discussão, segundo a visão de Robert Cochrane (que não falava português, e portanto não foi ele que oficializou o termo Bruxaria Tradicional) pensava assim e é desse jeito que você pensa. Dai é outra estória, você vai debater qualquer questão baseado na mesma fonte.

O mesmo é aplicado para a stregharia, germânica, etc...

A diferença esta no período. Por isso que da primeira vez que mencionei o termo Bruxaria Tradicional Tardia, pois sendo de influência de Cochrane (1931-1966) já esta no período moderno, e foi ai que começaram os ataques.

Recebi um recado do leitor Beto que falava mais ou menos assim: Pô DRaco a Bruxaria Tradicional não é só Pré-Cristã!

Esta visão pré-cristã é a origem da base pagã, são cultos de crença tradicional na Europa, é certo que, nenhum de nós do CBT negamos o trabalho de Cochrane ou Chumbley com o nome de "traditional craft", "witchcraft" ou "old craft", como também historicamente é comprovado que são da década de 60 e que tiveram contato com o criador da Wicca, até mesmo se iniciando nela, isto é fato e todos podem pesquisar por si mesmos.

Com relação ao CBT (Conselho de Bruxaria Tradicional), seguimos pelo caminho pagão, específico da Europa (bruxaria) com base nas crenças (tradicionais) nativas, ou seja de raiz (folk).

Temos uma conduta baseada em uma linha religiosa que contempla a todos os conselheiros, sem entrar na privacidade de cada clã, um tratado de apoio e projetos comuns. Fora isto é fantasia.

Tudo muito claro e simples, se existe debates, pontos a concordar ou discordar acredito que seja algo normal, o que difere quando saímos do discurso do mundo das idéias e partimos para ameaças e difamações.

Queremos dizer também que estamos recolhendo provas citando nomes de pessoas do conselho tal como o próprio CBT, e que criminalidade também é punida, mesmo na internet.

Este é um convite à reflexão, apenas isso.

Att.

Ricardo DRaco

Sobre a palavra Sabá - Sabat - Sabbat

Shabat (do hebraico שבת, shabāt; shabos ou shabes na pronúncia asquenazita {judeus da europa central e oriental} "descanso/inatividade"), também grafado como sabá ou sabat, é o nome dado ao dia de descanso semanal no judaísmo, simbolizando o sétimo dia em Gênesis, após os seis dias de Criação. Raiz da palavramente sábado.

 As atividades proibidas no Shabat derivam de trinta e nove ações básicas (melachot, livremente traduzido como "trabalhos") que são descritas pelo Talmud a partir de fontes bíblicas.

O sentido da palavra pode ser entendido também como "cessação do trabalho" ao invés de "descanso".

A palavra vem sendo utilizada no neo-paganismo como base para a palavra Sabbat

Os oito Sabbats, celebrados a cada ano pelos wiccanos se originam nos rituais que celebram a passagem do ano de acordo com as estações e equinócios e solstícios. Os Sabbats, também conhecidos como a "A Roda do Ano", e são rituais que fazem referência a mitologia.

Outra ligação com a etimologia da palavra, podemos encontrar em Sabbatai Zevi (em hebraico שַׁבְּתַי צְבִי), também conhecido como Shabtai Tzvi que foi um rabino e cabalista que alegava ser o longamente esperado Messias. Foi o fundador da seita judaica dos sabatianos.


Cordialmente,

Conselho de Bruxaria Tradicional

A doutrina do Empirismo X Racionalismo

Voltamos ao nosso objetivo, conhecimento, segue abaixo uma referência da doutrina chamada Empirismo.

A doutrina do empirismo foi definida pelo filósofo inglês John Locke no século XVII. Sua argumentação consiste que a mente seria tal como um quadro em branco/ vazio, sobre o qual é registrado todo o conhecimento, cuja base é a sensação. Portanto, todas as pessoas, ao nascer, o fazem sem saber de absolutamente nada, sem impressão nenhuma, sem conhecimento algum.

O processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido pela experiência, pela tentativa de acerto e erro.

A doutrina do empirismo se opõe a escola conhecida como racionalismo, na qual indica que o homem nasceria com idéias inatas, as quais iriam "aflorando" à consciência e constituiriam as verdades acerca do Universo.

A partir dessas idéias, o homem poderia entender os fenômenos particulares apresentados pelos sentidos. O conhecimento da verdade, portanto, independeria dos sentidos físicos.

Referência de filósofos associados com o empirismo:
Aristóteles,
Tomás de Aquino,
Francis Bacon,
Thomas Hobbes,
John Locke,
George Berkeley,
David Hume e John Stuart Mill.

Embora no geral seja relacionado com a teoria do conhecimento, o empirismo, ao longo da história da filosofia, teve implicações na lógica, filosofia da linguagem, filosofia política, teologia, ética, dentre outros ramos.

MENTE DA IDADE MEDIEVAL

Conversando com uma conselheira do CBT, comentamos com base nessas palavras:

"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender. E se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto. A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta."
(Nelson Mandela)

Coloquei que por vezes acho que a "idade medieval" não saiu da cabeça das pessoas! Deve ser por isso que acreditam tanto na perseguição...

A idade média foi tão maléfica a humanidade que tiveram que criar o iluminismo, para iluminar epoca tão trevosa. (nomeado como um dos mais importantes períodos da história intelectual)


Para quem estuda a era medieval, com propriedade, sabe que ela nunca deveria servir de base para sistema de crença, tamanho é a intolerância religiosa na data histórica. Mas isto está nos livros de história e não nos livros esotéricos.

Apenas reflexão.

Ricardo DRaco

ENTRAMOS NA CAMPANHA - NO BULLYING

Depois de recebermos emails, citações em blogs e tantos outros dispositivos ameaçadores e que só demonstram a falta de caráter, a infantilidade e o desrespeito a pessoas e instituições, aderimos à campanha NO BULLYING.

Afinal de contas, você compraria um livro de "bruxaria" de quem agride pessoas e instituições?
As entidades que patrocinam ou tem parceria, tal como editoras, tem plena ciência destas ações terroristas?

Pensem nisso! O Conselho de Bruxaria Tradicional é uma instituição filantrópica, busquem saber o motivo de tais pessoas não permitirem o acesso ao aprendizado deste caminho, será que coincidem com interesses financeiros na venda de livros?

Pensem nisso! Toda vez que tentarem calar sua boca através de agressões e limitações no seu modo de pensar; vivemos numa terra com liberdade de expressão, reparem em nossos textos, não citam nomes de pessoas ou instituições de forma destrutiva, poderíamos dizer isso dos que nos agridem?

O nosso compromisso vai além dos pensamentos individuais, somos uma instituição que luta para uma condição de um espaço melhor na sociedade com relação a crença, em que se possa falar abertamente, Sou Pagão, Sou Bruxo, certos que teremos nosso direito de liberdade religiosa, não somente para com a Lei, mas perante toda a sociedade, aceitos sem a carga pejorativa dada a nós no período medieval como adoradores do "diabo".

Buscamos ser mais um bote nesse mar de ignorância e intolerância religiosa, longe dos egos, dos desequilíbrios emocionais, dos interesses obscuros, da falta de compreensão e conhecimento. Todos os que nos procuram encontrarão nessa casa um solo firme e um telhado para fugir das tempestades da perseguição.

Portanto, faça sua parte e: NÃO COMPRE LIVROS DE QUEM FAZ BULLYNG.

Sem mais,

terça-feira, 29 de março de 2011

Voltamos a Santa Inquisição

Mesmo diante dos tempos atuais, existem pessoas que prestam um amplo desserviço a sociedade, como se não bastasse as perseguições religiosas, contamos ainda com a intolerância, o preconceito, a agressão, com a falta de respeito de pessoas limitadas e focadas apenas nas agressões de qualquer pessoa ou instituição que represente outros ideais ou que não acreditam em suas falácias.

É uma pena que estas pessoas não respeitem nem mesmo a lei, fazendo a prática de Calunia e Difamação, usando de meios obscuros para conquistar a fama e corrompendo os jovens para caminhos pouco nobres.

Fora todas as transgressões colocadas, que ofendem o Art. 5. da Constituição Federal, ainda entramos no processo de bullying, não apenas de invasões em nosso blog, como também envio de emails com ameaças e difamações.

Realmente é lastimável que ainda tenhamos estas formas tão indignas, lamentável!

Faremos uma campanha Contra a Sta. Inquisição Virtual.

Cordialmente,

Conselho de Bruxaria Tradicional

Repúdio e Lamentações ao CBT (?)

É comum quando falamos de crença exista gente que concorde e discorde, respeitamos a todos que pensam diferente, porém não compactuamos com as mesmas premissas, ao contrario temos visto: intolerância religiosa, desrespeito a pessoas e instituições, palavreado de baixo nível, humilhações, emails mal educados, entre outras ações terroristas, nós mantemos na mesma premissa que é apenas esclarecimento de como funciona a Bruxaria Tradicional com nossas bases, nunca mencionamos que isto ou aquilo não presta, apenas temos uma linha clara de entendimento histórico e filosófico sobre uma base de estudos em outra linha de tempo, afinal o mesmo que a famosa Tizilla, conhecida como encrenqueira, difamadora, além de expulsa de uma instituição famosa wiccana, reconhecida no Brasil, tentou fazer em todos os debates, alegando que sua visão é a única e oficial, com suas iniciações e tantos outros títulos, com total arrogância, que lhe é pertinente, desde nossa antiga lista chamada Projeto Bruxaria na qual também foi expulsa.

Sim, nós lhe reconhecemos, é a mesma pessoa que fica importunando outros sacerdotes que não concordam com sua visão eclética e luciferiana.

Cuidado com suas declarações de preconceito, de racismo isso sim dá processos de calúnia e difamação, nós aqui do CBT, uma instituição que agrega pessoas com muito mais tempo de caminho, no qual você emite um comentário baixo, tal como sempre foi a sua caminhada na Wicca, acompanha por um grupo de adolescentes que mal completam 30 anos.

Procure ajuda profissional para cuidar dos seus acessos e excessos, nós discordamos de seus textos, pois não refletem o mínimo do que seja um caminho espiritual, tal como colocou em seus vários textos, não se trata de um caminho espiritual e sim um "agregado marginalizado" cabendo qualquer coisa, a isso cara coleguinha damos o nome de feitiçaria eclética, se fosse realmente inteligente entenderia de primeira, mas mesmo assim continuou com suas teses mirabolantes e desonrando os sistemas mágicos existentes, distorcendo e colocando tudo numa mesma premissa, que só agrega a quem não tem base estruturada dos eventos mágicos e nem históricos; 

Estamos bem focados em nossa linha, e lutamos contra os preconceitos diários para nos livramos do título de adoradores do diabo, coisa que seu blog divulga abertamente, ou a visão esquizotérica desrespeitando as crenças antigas e plagiando as mesmas.

Nós nunca agredimos pessoas, debatemos idéias, se alguém deve reclamar aqui somos nós pela forma desrespeitosa como você e sua gangue tratam as pessoas.

Nós, e digo eu, Ricardo DRaco, e todo o conselho, sacerdotes e estudantes, discordamos e não reconhecemos suas práticas, o que colocamos aqui que a desagrada são fatos que estão disponíveis a todos, e de livre acesso na internet. Não precisamos dos teus hereditários títulos Judaíco/ Cristão e nem dos mecanismos da ofensa, visto que muitos dos textos tem referência e já que discordam tanto, entrem em contato com estas instituições.

Portanto segue o teu caminho, e respeite o caminho alheio, como dissemos o CBT é para gente de bem, gente conceituada, que busca uma visão real e não a sua totalmente distorcida.

De resto, seus textos servem de piada, apenas isso.

Com relação as questões jurídicas, fique a vontade, temos material de sobra para puní-la e dar um basta na suas perseguições e bullings.

É só para constar, eu também sou "branquelo" quero ver você mover um processo de racismo com pessoas da mesma raça, ah isso eu quero ver! risível...

Sem mais,

Conselho de Bruxaria Tradicional

MODISMO BRUXAL BRASILEIRO por Senhora Telucama

A visão fragmentada no cenário mundial hoje, nos leva a parar para refletir a nossa compreensão do mundo neste momento histórico.

Um dos principais erros que cometemos ao falar de paz é processá-la sempre como algo externo ao homem. Alguma coisa a ser alcançada em algum lugar ou através de uma determinada ação, adquirir alguma coisa ou mesmo conquistar um efeito mágico. E pensamos: se não estamos em guerra, naturalmente estamos em paz...

Se enxergarmos os seguimentos da Bruxaria no Brasil sob este prisma, estaremos direcionando e condicionando a nossa crença e a Paz sempre a algo que independe de nós. Conseqüentemente os conflitos nas suas mais intensas formas e adversidades se concentrarão, e a solução naturalmente dependerá de uma visão especifica e restrita da BRUXARIA, independente de ser Tradicional ou não.
Essa visão fragmentada  é o que podemos chamar de “emoção mecânica na moda de ser Bruxo”.

E ai? E nós Bruxos que dedicamos as nossas vidas em pró da preservação da sanidade do homem e do seu habitar sagrado, o que podemos fazer diante de tamanhas aberrações?
Vamos cruzar os braços e simplesmente entregar aos Deuses?

Não. Eu simplesmente continuo cada vez mais motivada sob forte força entusiástica a seguir em frente com meus ideais e preservando as minhas conquistas no caminhar com meus Deuses, com a minha linhagem e descendência.

As fronteiras estabelecidas entre essa ou aquela Tradição não se sustentam por si mesmas. Porque no fundo dessas polêmicas, ao longo dos meus 37 anos a frente de um TEMPLO DE BRUXARIA TRADICIONAL, o que vejo mesmo é APENAS MEDIOCRES GUERRAS DE EGOS.

Tenho me colocado em silêncio já há alguns anos, por entender que não vale a pena nenhum desgaste energético nem cultural com o MODISMO BRUXAL BRASILEIRO, assim me reservo o direito de só me pronunciar e participar de movimentos e projetos que realmente acredito e que me inspire  seriedade, por isso estou filiada ao CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL, simplesmente porque sou uma Bruxa de tradição.

Graça Azevedo/Senhora Telucama
Suma Sacerdotisa do Templo Casa Telucama

SETENIL DE LAS BODEGAS

 El principal atractivo de este pueblo gaditano lo constituye el mismo municipio, debido a la belleza y originalidad de su entramado urbano que, en elevada pendiente, baja desde el castillo adaptándose al curso del Guadalporcún, lo que le confiere una singular disposición con diferentes niveles de altura. En la parte baja los vecinos aprovecharon el tajo creado en la roca por el río para construir sus casas.
 Se trata de un excepcional ejemplo de un tipo de vivienda denominado "abrigo bajo rocas" que, a diferencia de otras construcciones semitroglodíticas que se desarrollaron en Andalucía, no excava la roca, sino que se limita a cerrar la pared rocosa y construye la vivienda de forma longitudinal.

População indígena dá exemplo de respeito às tradições

Segue mais um texto sobre tradições, será que deveríamos dar o nome de bruxaria tradicional as crenças indigenas? Acreditamos que não, afinal de contas, o que eles desejam é preservação da identidade do seu povo, segue o texto para apreciação.

Att.
Ricardo DRaco
Bruxaria Tradicional não é Ecletismo Místico

O respeito pela cultura do seu povo, suas tradições e como passar seus costumes de geração para geração. Esses são alguns dos ensinamentos dos índios que vivem no Brasil.

A população indígena na Bahia vem crescendo 4% ao ano – a média nacional é de 1,4%. Segundo dados da Fundação Nacional do Índio (Funai), os povos indígenas vivem em 628 espaços a eles reservados, no total de 12,5% do território nacional. Estima-se que 40 povos indígenas permanecem isolados.
Hoje são quase 2,5 mil escolas em terras indígenas e mais de 174 mil alunos.

O 19 de abril, quando se comemora o Dia do Índio, é uma referência ao Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, realizado no México, com a participação de autoridades dos países da América e diversos líderes indígenas. Nessa data, vários eventos são realizados para valorizar a cultura indígena. Mas a busca pela valorização e a inclusão social dos índios no Brasil não se restringe a datas comemorativas, mas inclui ações efetivas dos governos federal, estadual e municipal.

Na Bahia existem atualmente 16.715 índios, divididos em 14 etnias e distribuídos em diversas regiões do estado. O governo vem desenvolvendo programas para melhorar a qualidade de vida e dar oportunidade de trabalho, renda e inclusão social para a população indígena. Entre essas ações estão projetos nas áreas de saúde, educação, trabalho e direitos humanos.

Fonte: http://www.comunicacao.ba.gov.br/noticias/2009/04/19/populacao-indigena-da-exemplo-de-respeito-e-dedicacao-as-tradicoes

Cura pelo respeito às tradições

Livro produzido por índios e pesquisadores da UFMG
ensina a tratar da saúde do povo Maxakali

Itamar Rigueira Jr.

Charles Bicalho
Índios Maxakali
Crianças Maxakali: publicação pretende melhorar atendimento médico nas aldeias

Quando ingressaram no Curso de Formação de Educadores Indígenas da UFMG, em 2006, Rafael, Pinheiro e Isael Maxakali tinham pelo menos um objetivo claro: produzir um livro que orientasse os agentes de saúde do governo a trabalhar com seu povo. Depois de muita pesquisa, envolvendo os estudantes Maxakali, professores e alunos de graduação e pós-graduação da UFMG, saiu do forno Hitupmã’ax/Curar. Mais que um simples manual, a Faculdade de Letras da UFMG e o Núcleo Transdisciplinar de Pesquisas Literaterras produziram um livro de arte, bilíngue e repleto de ilustrações dos próprios indígenas.
O povo Maxakali vive em aldeias no Vale do Mucuri, no Nordeste de Minas, e é o único no estado que tem sua língua preservada. Sua ideia de adoecimento está intimamente ligada aos sonhos, e os processos de cura envolvem narrativas míticas e cantos sagrados. Para eles, sonhar com um parente morto significa que ele está chamando, e daí vem a doença. A cura depende da intervenção do pajé e de um ritual em que se oferecem comida, bebida e cantos para que os espíritos deixem a pessoa em paz.Coordenadora do Literaterras e do curso de educadores indígenas – experiência-piloto com término previsto para 2010 e que deu origem a uma licenciatura regular na UFMG –, Maria Inês de Almeida lembra que os índios agora têm a oportunidade de mostrar suas práticas medicinais. “A ligação entre o visível e o invisível e a relação sem hierarquia entre os seres do mundo são o que produz o bem-estar para os Maxakali”, explica a professora da Faculdade de Letras. “Além de oferecer a tradução para as receitas e práticas, o livro propõe que agentes de saúde e a população indígena se escutem e se compreendam”, ela diz.

Poemas visuais

A estrutura de Hitupmã’ax/Curar é inspirada na forma de três livros em um, que marca a literatura da portuguesa Maria Gabriela Llansol (1931-2008). As páginas são divididas em três colunas: a primeira contém textos sobre receitas e procedimentos em língua maxakali e em português; a segunda traz a reprodução de conversas com os nativos sobre o assunto; e a última coluna, à direita, é um índice do ponto de vista da medicina branca. O leitor aprende que, durante o resguardo, a mulher deve abolir o consumo de carne de caça, dormir pouco, evitar banhos e não dormir sobre os braços. E que é preciso esperar pelo menos três anos para dar à luz o próximo filho.
A transcrição e a tradução procuraram preservar a poeticidade das narrativas e cantos. “Esses textos são como poemas visuais, em que os Maxakali expressam a visão que têm da natureza”, afirma Charles Bicalho, que integrou a equipe de produção da obra e desenvolve tese de doutorado na Fale sobre a literatura Maxakali. O pesquisador é um dos responsáveis pela tradução, que consta ainda de glossário para ajudar na orientação de médicos e enfermeiros.
Vencer resistências e entender o que parece à primeira vista idiossincrasia dos índios são condições fundamentais para o sucesso do tratamento e do relacionamento médico-paciente, de acordo com Manuel Mindlin Lafer, médico do ambulatório do índio da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Experiente no trato com populações indígenas, Lafer participou da fase final do trabalho com o objetivo de aproximar a linguagem do livro daquela utilizada nos manuais de consulta por profissionais de saúde no campo. “A obra é muito importante porque permite tratar as doenças de acordo com a nossa medicina e com a cultura dos Maxakali”, afirma o médico.
Povos como os Caiapós e os Ianomâmis já manifestaram interesse em receber exemplares. Mais um motivo de satisfação para os Maxakali. “A gente trabalhou muito para explicar como funciona nossa saúde, aumentar o respeito e melhorar o atendimento”, diz Isael Maxakali.
Livro: Hitupmã’ax/Curar
Autores: Rafael, Pinheiro, Isael, Suely, Mamey e Totó Maxakali
Edição: Faculdade de Letras da UFMG e Edições Cipó Voador
Páginas: 268

Os homens esqueceram essa verdade....

– Exatamente – disse a raposa. – Tu não és ainda para mim senão um garoto igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo.
– Começo a compreender – disse o pequeno príncipe. – Existe uma flor… eu creio que ela me cativou…
– É possível – disse a raposa. – Vê-se tanta coisa na Terra…
– Oh! Não foi na Terra – disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
– Num outro planeta?
– Sim.
– Há caçadores nesse planeta?
– Não.
– Que bom! E galinhas?
– Também não.
– Nada é perfeito – suspirou a raposa.
Mas a raposa retomou o seu raciocínio.
– Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E isso me incomoda um pouco. Mas, se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. Os teus me chamarão para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim não vale nada. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos dourados. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará com que eu me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo…
A raposa calou-se e observou por muito tempo o príncipe:
– Por favor… cativa-me! – disse ela.
– Eu até gostaria – disse o principezinho –, mas não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
– A gente só conhece bem as coisas que cativou – disse a raposa. – Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas, como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
– Que é preciso fazer? – perguntou o pequeno príncipe.
– É preciso ser paciente – respondeu a raposa. – Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto…
No dia seguinte o principezinho voltou.
– Teria sido melhor se voltasses à mesma hora – disse a raposa. – Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas, se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar meu coração… É preciso que haja um ritual.
– Que é um “ritual”? – perguntou o principezinho.
– É uma coisa muito esquecida também – disse a raposa. – É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, adotam um ritual. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira é então o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem em qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu nunca teria férias!
Assim, o pequeno príncipe cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
– Ah! Eu vou chorar.
– A culpa é tua – disse o principezinho. – Eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse…
– Quis – disse a raposa.
– Mas tu vais chorar! – disse ele.
– Vou – disse a raposa.
– Então, não terás ganhado nada!
– Terei, sim – disse a raposa – por causa da cor do trigo.
Depois acrescentou:
– Vai rever as rosas. Assim compreenderás que a tua é única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te presentearei com um segredo.
O pequeno príncipe foi rever as rosas:
– Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu a tornei minha amiga. Agora ela é única no mundo.
E as rosas ficaram desapontadas:
– Sois belas, mas vazias – continuou ele. – Não se pode morrer por vós. Um passante qualquer sem dúvida pensaria que a minha rosa se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que todas vós, pois foi ela quem eu reguei. Foi ela quem pus sob a redoma. Foi ela quem abriguei com o pára-vento. Foi nela que eu matei as larvas (exceto duas ou três, por causa das borboletas). Foi ela quem eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. Já que ela é a minha rosa.
E voltou, então, à raposa:
– Adeus… – disse ele…
– Adeus – disse a raposa. – Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
– O essencial é invisível aos olhos – repetiu o principezinho, para não se esquecer.
– Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.
– Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa… – repetiu ele, para não se esquecer.
– Os homens esqueceram essa verdade – disse ainda a raposa. – Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela tua rosa…
– Eu sou responsável pela minha rosa… – repetiu o principezinho, para não se esquecer.

Fonte: O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry

Bruxaria Tradicional virou esquizoterismo?


Temos recebido muitos emails e ameaças, alguns até com perguntas bem básicas, gente com algum tipo de complexo de inferioridade, ou plenamente ignorante.

Para fugir dessa falta de conceitos e brigas de ego, criamos o Conselho de Bruxaria Tradicional, pelo qual foram chamados todas as pessoas que se diziam bruxos tradicionais, alguns aceitaram, outros não e outros apenas entraram por curiosidade e sairam em seguida visto que suas crenças eram de feitiçaria e não de Bruxaria Tradicional.

Dentro disso se construiu de comum acordo um regulamento interno, desde linha genérica de crença até projetos de apóio e divulgação.

O que desejamos dizer com isso, não temos objetivo algum de converter ou mandar na vida das pessoas, tanto é que não interferimos na estrutura ou no modo em que cada conselheiro coordena suas atividades, apenas estamos de comum acordo que buscamos de forma muito séria e coesa, estudar e nos aplicarmos aos conjunto de crenças dos povos que habitaram a região européia antes do catolicismo, preservando cada identidade cultural, preservando o conhecimento adquirido, reconstruindo (e não criando) meios acadêmicos de obtermos mais informações históricas, geográfica, antropológicas, arqueológicas, entre outras ciências.

Não temos nenhuma ligação ou interesse com movimentos separatistas oculistas da década de 60, o nosso período de estudo não é a era medieval ou moderna, tal como não estamos limitados apenas ao mundo magista, temos outras dedicações, seja cultural, folclórica, com o ensino agregado.

Temos nos empenhado em não citar mais os termos “Old Craft”, pois o termo Arte pode gerar muitos significados, caso citado como “Feitiçaria” estamos de comum acordo, que existe feitiçaria no mundo todo, que a crença mágica também não é limitada aos povos da Europa, porém devemos respeitar e dar a devida identidade ao culto desses diversos povos, não retirando os seus nomes verdadeiros ou se apropriando de suas crenças caracterizando -os como Bruxaria Tradicional.

Outro tema que também não mais usamos é “witchcraft” visto que a palavra se tornou apenas feitiçaria ou "bruxarias".

Queremos dizer que a tese dada que todo bruxo é um anti-social, um marginal, doido ou possuído pelo demônio, uma distorção de valores dada pela igreja católica, sendo assim qualquer religião ou senda seria bruxaria, o que nenhum judeu, por exemplo, concordaria, tal como nós do conselho não concordamos. Concordamos que para ser um bruxo o sujeito tem que estar em sua plena capacidade intelectual e cultural.

Todos os textos aqui colocados, são acompanhados por todos os conselheiros, tem oficialidade de instituição, alias todos os conselheiros presentes fazem seus aprendizes estudarem e refletirem, fazem o que muitos não tem por habito fazer, promover o ato de pensar e aprender a lidar com seus egos.

Aqui nessa casa, damos lugar ao conhecimento ao invés de titularidades, não dizemos que somos hereditários de Baco, ou de Heckate e muito menos das ligações bíblicas.

Temos visto uma salada mística, uma luta desenfreada e sem objetivo na ofensa de instituições que são simplesmente o desejo de pessoas quererem contribuir com um ideal, com um projeto, com algo coletivo, porém as mesmas se baseiam num discurso torto e antagônico de defesa e ataque, visto que se baseiam nas titularidades dessas instituições que tanto se colocam contra, e até mesmo fazem parte de Igrejas, vejam só quanta incoerência.

Se as pessoas estão ofendidas em sua crença, é devido a sua falta de clareza e caminho espiritual, enquanto disserem que a Bruxaria Tradicional é Israelita, Luciferiana, Marroquina, entre outras, de uma maneira generalista e inconseqüente, nós do CBT daremos a devida crítica teológica sobre o texto.

Caso tenham essa necessidade de escrita, coloquem parâmetros para não ofender outras sendas, usem o termo “Old Craft” ou “witchcraft”, feitiçaria tradicional, Wicca tradicional, entre outros termos que alguns escritores distorcem, e se tem a capacidade tão fácil para distorcer poderiam usar da mesma para criar palavras e parâmetros para serem melhor interpretados.

No mais, estamos abertos a quem busca caminhar de forma respeitosa por este caminho espiritual chamado de Bruxaria Tradicional.

Grato,

Ricardo DRaco