domingo, 8 de maio de 2011

Ritos populares na Gallaecia do séc. VI d. C.

... da religião popular na Gallaecia do séc. VI d. C.




II. Jogar pão nas fontes (para aliviar doenças, aumentar a fertilidade?). 
III. Reverenciar certas pedras como sagradas, nelas acendendo velas, bem como em encruzilhadas e em determinadas fontes e árvores. 
IV. Murmurar encantamentos e nomes de deuses sobre ervas e fazer amarrações. 
V. Oferecer frutas e vinho a um tronco de árvore (em uma lareira?). 
VI. Cerimônias domésticas de purificação realizadas por especialistas. 
VII. Borrifar as paredes de uma casa recém-construída com o sangue de uma ave sacrificada.
VIII. Colocar um ramo de loureiro na entrada da casa. 
IX. Invocar a deusa dos ofícos durante a realização destes. 
X. Encantamentos para prejudicar uma pessoa por meio de dano a algo que com ela tivesse estado em contato. 
XI. Observar com que pé uma pessoa adentra um recinto e disso retirar um presságio. 
XII. Retirar presságios do voo dos pássaros e de espirros. 
XIII. Celebrar o primeiro dia de cada mês como sagrado para Juno. 
XIV. Mulheres esperarem até a quinta-feira para casar. 
XV. Recorrer à astrologia para determinar os melhores dias para iniciar a construção de uma casa, uma plantação e casar. 
XVI. Começar o ano no 1º de janeiro, venerando ratos e traças nessa ocasião e honrando os deuses com alimentos dispostos em uma mesa, para que retribuam com abundância no resto do ano. 
XVII. Mascarar-se de animais em 1º de janeiro. 
XVIII. Venerar Mercúrio na quarta-feira e fazer pilhas de pedras nas encruzilhadas, lançando uma pedra a cada vez que se passa pelo local, e dedicando-as a Mercúrio. 
XIX. Adorar os espíritos do mar, fontes e florestas. 
XX. Não trabalhar na quinta-feira em honra a Júpiter. 

Fonte: Movimento de Reconstrução Celtico.

I. Determinadas árvores eram objeto de especial veneração, pois acreditava-se fossem habitadas por espíritos benignos. 

No séc. VI d. C., Martinus Dumiensis (ca. 515 - 579/80), bispo de Bracara Augusta (hoje Braga, em Portugal), na Gallaecia (província romana que abrangia o norte de Portugal, León, Astúrias e a Galícia na Espanha), escreveu um sermão chamado "De correctione rusticorum" ("Da correção dos rústicos") em que censurava diversas práticas não-cristãs observadas entre os camponeses da região naquela época:

Um comentário:

  1. É interessante perceber como as crenças pagãs celtas e romanas se mesclavam em detalhes, para os desatentos alguma coisa pode até passar desapercebida! Curioso "começar o ano venerando ratos e traças"!

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